Vai viajar para a Europa? Sem seguro de viagem, pode ficar à porta

Por Bruna Bozano

A Europa continua a ser um dos destinos preferidos dos viajantes portugueses. Das ruas de Paris aos canais de Amesterdão, dos museus de Madrid aos fiordes da Noruega, o Velho Continente oferece experiências culturais, gastronómicas e históricas inigualáveis. No entanto, há um detalhe fundamental que, se for esquecido, pode arruinar a viagem antes mesmo de começar: o seguro viagem obrigatório.

Poucos sabem, mas para circular em muitos países europeus, não basta ter o passaporte em dia e as malas feitas. Em destinos pertencentes ao chamado Espaço Schengen, é exigida a apresentação de um seguro de viagem com cobertura mínima de 30 mil euros para despesas médicas. Sem este comprovativo, o acesso pode ser negado logo à chegada.

O que é o Espaço Schengen?

O Espaço Schengen é um acordo entre 27 países europeus que permite a livre circulação de pessoas entre as suas fronteiras, como se fossem um único território. Portugal faz parte do tratado, assim como destinos populares como Espanha, França, Itália, Alemanha, Países Baixos, Bélgica, Suécia e outros.

Para quem viaja a turismo, negócios ou estudo, e não possui nacionalidade europeia de um dos países aderentes, o seguro de viagem é uma exigência formal. Mesmo para cidadãos da União Europeia, recomenda-se fortemente a contratação do seguro, especialmente quando se pretende visitar países com custos médicos elevados ou fora da rede pública europeia.

A entrada pode ser recusada

Sim, é verdade. As autoridades de fronteira têm o direito de recusar a entrada a um viajante que não apresente um seguro de viagem válido, com a cobertura mínima exigida. Em particular, isso aplica-se a cidadãos de países que necessitam de visto para entrar na Europa — mas não só.

Mesmo para quem está isento de visto, é cada vez mais comum os serviços de imigração solicitarem a prova de seguro durante a triagem no aeroporto. Se não apresentar o documento ou se este estiver fora dos parâmetros legais, pode ser impedido de seguir viagem.

Por que o seguro é tão importante?

Mais do que um requisito legal, o seguro de viagem protege o viajante de situações inesperadas — e potencialmente arruinadoras — durante a estadia. Uma simples consulta médica num hospital europeu pode custar entre 100 e 300 euros. Uma cirurgia de emergência, milhares.

Com um seguro adequado, o viajante tem acesso a:

• Assistência médica 24 horas
  
• Internamento hospitalar
  
• Repatriamento sanitário
  
• Acompanhamento em caso de internamento
  
• Apoio jurídico, em caso de necessidade
  
• Indemnização por bagagem extraviada ou voo cancelado
  

Além disso, muitas apólices oferecem atendimento em português, o que é particularmente útil em momentos de emergência.

Como escolher o seguro certo para a Europa?

Na hora de contratar o seguro, o viajante deve certificar-se de que a apólice:

• Cobre pelo menos 30 mil euros em despesas médicas
  
• Abrange todos os países do Espaço Schengen
  
• Tem validade para todo o período da viagem
  
• Inclui serviços como repatriamento e assistência hospitalar
  
• Emite comprovativo em inglês ou francês, conforme exigido pelas autoridades
  

É possível contratar seguros personalizados online, de forma rápida e acessível. Os valores variam conforme a duração da viagem, a idade do viajante e os serviços adicionais incluídos — mas, em geral, tratam-se de custos baixos para a segurança que proporcionam.

Conclusão: um investimento pequeno para evitar grandes problemas

Viajar para a Europa é, sem dúvida, uma experiência enriquecedora. Mas o planeamento deve ir além das reservas e do roteiro turístico. Sem o seguro de viagem adequado, o que começa como uma aventura pode transformar-se num contratempo legal, logístico ou financeiro.

Leve o essencial na mala: documentos, sonhos, expectativas… e o seguro. Afinal, a melhor viagem é aquela que se vive com liberdade e segurança — e isso começa no momento da partida.

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